Conheça relatos de quem concluiu jornada de aprendizado no modelo AMS e garantiu uma vaga no mercado de trabalho; inscrições para o Vestibulinho foram prorrogadas até sexta-feira (7)
Natali, Nathan e Lucas: alunos pioneiros do AMS foram efetivados no emprego após estágio durante o curso | Foto: Divulgação
Aos 22 anos, Natali Guimarães já construiu uma carreira sólida como analista de sistemas em uma empresa do setor químico. Sua trajetória de sucesso começou nas salas de aula da Escola Técnica Estadual (Etec) e da Faculdade de Tecnologia (Fatec) Zona Leste, quando ingressou no curso Desenvolvimento de Sistemas, oferecido no modelo de Articulação da Formação Profissional Média e Superior (AMS). O formato verticalizado permite cursar de forma continuada os Ensinos Médio, Técnico e Superior em cinco anos, sem vestibular, eliminando a sobreposição de conteúdo acadêmico e reduzindo o tempo de formação em até um ano.
Além das aulas convencionais, os alunos participam de 200 horas de atividades de contextualização profissional em uma empresa parceira. “O AMS é um projeto de vida. Ao integrar diferentes níveis de conhecimento, o modelo coloca o estudante no mercado muito mais rapidamente, além de possibilitar uma vivência prática em parceria com as empresas”, conta Natali, que começou como estagiária e foi efetivada logo após a formatura, no final do ano passado.
Modelo dual de ensino
A estrutura do AMS foi desenhada para otimizar o tempo e o aprendizado, conforme explica o presidente do CPS, Clóvis Dias. “O trabalho conjunto das Etecs e Fatecs garante elevação no nível de formação profissional, maior comprometimento dos estudantes para a conclusão do curso e melhor aproveitamento dos conhecimentos transmitidos”, afirma.
De acordo com o vice-presidente da instituição, Maycon Geres, as empresas parceiras atuam como coautoras de um projeto pedagógico que forma profissionais com o perfil almejado, aproximando o CPS do chamado modelo dual de ensino, bastante comum nos países europeus. “A integração com o setor produtivo nos permite formar profissionais com as competências que o mercado precisa, criando uma jornada contínua na formação acadêmica e profissional do jovem.”
Atualmente, o modelo está presente em 51 Etecs e 42 Fatecs, com mais de 6,8 mil estudantes e 94 organizações parceiras, como IBM, Bosch e Rhodia, além de pequenas e médias empresas. Para o primeiro semestre de 2026, o Vestibulinho das Etecs oferece vagas para 84 turmas do AMS, distribuídas entre 13 cursos diferentes, como Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão do Agronegócio e Mecatrônica Industrial. Confira unidades e cursos. As inscrições foram prorrogadas até sexta-feira (7), às 15 horas, pelo site vestibulinho.etec.sp.gov.br. A taxa de inscrição custa R$ 29.
Abordagem mais completa
A mesma eficiência na abordagem pedagógica observada por Natali impulsionou a jornada de Nathan de Oliveira, de 20 anos. O jovem se forma no próximo mês de dezembro na Fatec Americana. Para o aluno, o AMS oferece uma abordagem mais completa e ainda alivia a pressão pela ausência de vestibular. “O modelo permite concentrar-se no aprendizado, com o aproveitamento de estudos, o que otimiza o curso”, explica. O jovem começou a estagiar na IBM no ano passado e posteriormente foi efetivado como desenvolvedor de aplicações.
Com 21 anos, Lucas Souza é outro exemplo de como a verticalização do ensino pode proporcionar um caminho de conquistas. Entrou no AMS aos 15 anos, na Etec da Zona Leste, atraído pelo formato inovador. Sua intuição estava certa. Começou a estagiar em 2022, foi efetivado no ano seguinte e, recentemente, promovido a especialista técnico em automação. “Durante o curso, recebemos uma base forte em tecnologia, com palestras, visitas e muita interação com o setor empresarial, obtendo conhecimentos técnicos e habilidades socioemocionais para encarar o mercado”, celebra Lucas.