Alunas da Etec Perus participam do Technovation Challenge

Campeonato de empreendedorismo social e empoderamento feminino incentiva inclusão de meninas no setor de tecnologia ao propor a criação de aplicativos voltados à solução de problemas

27 de junho de 2018 10:24 am Etec, Institucional

Technovation Challenge é um campeonato internacional e envolve uma série de palestras e workshops l Foto: Divulgação

Dois grupos de alunas da Escola Técnica Estadual (Etec) Gildo Marçal Bezerra Brandão, localizada no bairro de Perus, na Zona Norte da Capital, participaram do Technovation Challenge, campeonato internacional de empreendedorismo social e empoderamento feminino. A competição desafia meninas do mundo todo a criar aplicativos que ajudem a solucionar problemas da sociedade.

“É uma competição muito relevante para mostrar a capacidade das meninas, principalmente porque elas ainda ocupam apenas 10% dos cargos de gestão no mercado de tecnologia da informação”, afirma o professor da Etec Xristos Tsoukas, que orientou um dos grupos.

Para desenvolver os apps, as estudantes passam por uma série de oficinas e workshops e aprendem sobre estudo de viabilidade do projeto, plano de negócios e monetização, entre outros temas. As meninas são divididas em categorias de 10 a 14 e de 15 a 18 anos de idade.

Decifrando palavras

Bruna Vieira, Evelyn Silva, Giovanna Oliveira, Isabella Miller e Keila Moreira desenvolveram o APPrenda, aplicativo para ajudar jovens e adultos com dificuldades de leitura e analfabetismo funcional a ler e interpretar textos simples. Baseado na metodologia do educador Paulo Freire, que propõe o aprendizado a partir da associação de imagem, texto e som, o app traduz em áudio o conteúdo de uma placa ou cartaz, por exemplo.

“A tecnologia chama atenção por resolver um problema de forma instantânea, como o de quem não consegue identificar o letreiro de um ônibus, por exemplo”, explica Tsoukas. “Essa pessoa não precisa passar pelo constrangimento de perguntar a um estranho: pela focalização do letreiro com o smartphone, o aplicativo converte frases em informação sonora”. As palavras consultadas são armazenadas e podem ser aplicadas a jogos de aprendizado, para que o usuário passe a reconhecer aos poucos a grafia de palavras que fazem parte do dia a dia.

Ajuda em rede

O outro aplicativo, desenvolvido por Estefany Martins, Larissa Vitório, Letícia Gomes, Lilian Coutinho e Nathalia Gabriele, propõe uma espécie de rede social para adolescentes com depressão. O Fiendly Help pretende ajudar jovens nessa situação por meio do contato com quem já passou pelo problema e conseguiu superá-lo e também pela exibição de vídeos motivacionais. Tudo sob supervisão voluntária de psicólogos.

“Não é para diagnóstico ou tratamento, prática que, inclusive, não é permitida pelos conselhos de psicologia. É uma tecnologia de apoio, para que jovens com depressão não se sintam sozinhos e sejam incentivados a buscar ajuda profissional adequada”, diz Tsoukas.

Os projetos chegaram, respectivamente, à semifinal internacional e à final brasileira.

Compartilhe


Veja também