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Professor explica por que terremotos são comuns na Turquia

Thiago Hernandes, professor de Geografia da Etec Pedro D’Arcadia Neto, de Assis, explica os acontecimentos que mataram mais de 5,4 mil pessoas no Oriente

7 de fevereiro de 2023 4:33 pm Etec

Abalos sísmicos atingiram 7,8 e 7,5 pontos na escala ‘Richter’, deixando milhares de mortos e feridos | Foto: Freepik

A localização da Turquia e da Síria em relação às placas tectônicas, que formam a camada externa e sólida da Terra, é o principal motivo para a ocorrência de terremotos na região. A explicação é de Thiago Hernandes, que leciona Geografia na Escola Técnica Estadual (Etec) Pedro D’Arcadia Neto, em Assis, e Gestão Ambiental nas Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatec) Assis e Presidente Prudente.

Dois tremores de terra aconteceram na última segunda-feira (6), com proporções gigantescas. Um dos abalos atingiu 7.8 graus na escala Richter e o outro, 7.5 nessa mesma escala de referência. Até a data da publicação desta matéria, mais de 5,4 mil pessoas já haviam morrido. A maioria das vítimas está na Turquia, segundo jornais brasileiros.

Por que na Turquia e nos países vizinhos os terremotos são eventos comuns?

“Isso se explica pelo fato de o território turco estar em uma zona de encontro de várias placas tectônicas, como, por exemplo, as placas de Anatólia, Euroasiática e da Arábia. Essa convergência de forças acaba promovendo o movimento das placas e, consequentemente, tremores como este que, infelizmente, ocorreram nos países no início da semana”, detalha o professor.

Além do território da Síria e Turquia, onde os terremotos foram mais letais, foram registrados sismos em Israel, Líbano, Chipre e Jordânia.

Podemos ter no Brasil terremotos como o da Turquia?

A probabilidade de um evento dessa magnitude em um território brasileiro é muito pequena. “Nunca podemos descartar totalmente, mas as chances são bem remotas. A principal justificativa é a posição geográfica onde está nosso país, no meio da placa da América do Sul, ou seja, distante das bordas. Além disso, a nossa estrutura geológica, bastante antiga e estável, confere ao Brasil, uma área de baixa probabilidade de eventos dessa magnitude”, comenta Hernandes.

O docente fala também sobre uma triste curiosidade, que reforça seus argumentos. “Apenas em 2022 foram registrados mais de 20 mil pequenos tremores de terra na Turquia, indicando que este é um evento não atípico no território turco.”

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