CPS mostra resultados no Pisa em reunião da Abave

Diretora-superintendente do Centro Paula Souza apresentou dados durante mesa de debates sobre a avaliação internacional; Escolas Técnicas se saíram melhor que países como Estados Unidos e Reino Unido

29 de setembro de 2021 10:31 am Etec, Institucional

Laura Laganá destacou estratégias de sucesso usadas pelo CPS, como a aprendizagem baseada em projetos | Foto: Reprodução

Os excelentes resultados das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) no Pisa para Escolas (Pisa for Schools em inglês, o Pisa-S), avaliação internacional de estudantes realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), foram um dos destaques de uma mesa de debates promovida pela Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave) na terça-feira (28). A apresentação foi feita pela diretora-superintendente do Centro Paula Souza (CPS), Laura Laganá.

Ela participou das discussões sobre o tema O que o Pisa para escolas revela sobre uma rede de ensino no Brasil? Também falaram sobre o assunto Patrícia Monteiro, da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc); Elza Guereschi, da Fundação Bradesco; e Chi Sum Tse, do Pisa/OCDE. Os trabalhos foram conduzidos por Nilma Fontanive, coordenadora do Centro de Avaliação da Fundação Cesgranrio e diretora da Abave.

“Os resultados muito animadores das Etecs no Pisa para Escolas vieram coroar um trabalho muito sério feito pelos nossos professores e alunos”, afirmou a superintendente.

Panorama

O exame avalia a competência de estudantes de 15 anos em Leitura, Matemática e Ciências em todo o mundo. Em 2017, quatro Etecs participaram do Pisa-S a convite da Fundação Lemann. Já em 2019, alunos de 30 Etecs foram avaliados. O Pisa trabalha com resultados nacionais para obter um panorama do sistema de ensino de cada país, enquanto a versão para escolas (Pisa-S) faz um retrato específico de uma determinada instituição.

Laura apresentou os resultados das unidades do Paula Souza de 2019 comparados com a média obtida pelos países que passaram pela avaliação em 2018. Como as duas provas seguem o mesmo modelo, os resultados são equivalentes. 

A média das Etecs em Leitura, por exemplo, é 520. A média da OCDE é 485 e a brasileira, 413. O resultado dos alunos do CPS é melhor que a média dos estudantes dos Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul.

Padrão semelhante pode ser visto quando se comparam as médias em Matemática e Ciências. Nessas duas disciplinas, os alunos das Etecs só não superam os do Japão e da Coreia do Sul.  

Uma outra informação aferida pelo Pisa torna essa comparação também interessante. A média do nível socioeconômico e cultural dos jovens das Etecs é inferior ao dos alunos dos países da OCDE e, mesmo assim, seus resultados são superiores.

Estratégias

Na avaliação da diretora-superintendente, algumas estratégias explicam o sucesso do CPS: a aprendizagem baseada em projetos e o foco no desenvolvimento de competências socioemocionais, capacitação constante de seus profissionais e o forte crescimento do ensino integrado nos últimos anos. “Além disso, os governos de São Paulo sempre deram prioridade à educação profissional e investiram no fortalecimento e nas melhorias do sistema.”

As Etecs vão participar novamente do Pisa-S em 2021. A prova deve ser aplicada entre os meses de outubro e novembro. “Estamos ansiosos porque será a primeira avaliação que vai detectar os impactos da pandemia nos nossos alunos”, disse Laura.

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