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‘Neurônios artificiais’ permitem previsão do tempo customizada e econômica para empreendedores rurais

Uma plataforma de consulta e previsão de indicadores meteorológicos desenvolvida por um aluno do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Taquaritinga permite que produtores, empresários e pesquisadores […]

5 de janeiro de 2016 5:51 pm Institucional

Crédito: Gastão Guedes | João Trevizoli Esteves (de óculos) apresenta seu projeto ao lado do professor Jederson Donizete Zuchi

Uma plataforma de consulta e previsão de indicadores meteorológicos desenvolvida por um aluno do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Taquaritinga permite que produtores, empresários e pesquisadores acessem informações climáticas de maneira simples, unificada e mais barata. O projeto foi o vencedor da 9ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps), realizada em outubro, na categoria Informática e Ciências da Computação.

Orientado pelos professores Ronaldo Ribeiro de Campo e Jederson Donizete Zuchi, o estudante de segundo ano João Trevizoli Esteves criou um sistema que permite ao usuário gerenciar índices essenciais para o sucesso de um empreendimento, como o balanço hídrico climatológico e de cultura, evaporação da água de superfícies, capacidade de água disponível no solo, níveis de radiação global e outras informações a um custo bem reduzido, dispensando o uso de complexas estações meteorológicas e conhecimentos específicos.

A iniciativa se baseia no conceito de Rede Neural Artificial (RNA), modelo estatístico inspirado na estrutura cerebral de organismos inteligentes que adquirem conhecimento através da experiência. Compõe-se dos chamados neurônios artificiais, conjuntos bem estruturados de unidades de processamentos dispostos em camadas e interconectados entre si. Por meio desse “conhecimento” adquirido, do qual fazem parte análises históricas, imagens e processos, espera-se prever o futuro com base em informações do passado. A previsão de chuva, por exemplo, é feita pelo sistema com base na coleta de dados históricos de precipitações pluviométricas em determinada área.

O projeto propõe entregar as informações “customizadas” para cada usuário. Pelo computador ou aplicativos para celular, ele pode ter acesso rápido, em tempo real, a dados distintos sobre o clima, sem precisar investir em uma estação meteorológica ou mesmo num sistema próprio de previsão. A ideia é poupar tempo e dinheiro.

O serviço proposto pelo projeto prevê a captação das informações por instituições públicas, como o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e “customiza” os dados para cada cliente e envia pela internet. Para se diferenciar do que já existe no mercado, João propõe a junção de modelos já existentes, redes e estruturas. “Não é o padrão de mercado. Estamos inovando ao oferecer um serviço específico, sob medida para os agricultores, com base na localização geográfica”, conclui João.
Artigo

João agora trabalha na elaboração de um artigo a ser publicado na Environmental Modelling & Software, publicação da editora norte-americana Elsevier, líder mundial em literatura médica e científica.

Aos 26 anos, esse engenheiro agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) espera, com a publicação do artigo, somar pontos mais do que suficientes em seu currículo para ser aprovado no mestrado da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Para 2016, seus planos são conciliar os dois cursos (Fatec e Unesp), ao mesmo tempo em que busca investidores para o projeto. Um desses caminhos foi inscrever-se na Agência Inova Paula Souza.

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