Fatec Mogi Mirim cria prótese de perna e busca patente para implantar produto no SUS

Alunos da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Mogi Mirim apostaram no conhecimento tecnológico para ajudar a melhorar a vida de pessoas com deficiência. Ademir Guilherme Ganziera e Guilherme Borges Ferreira, estudantes do curso de […]

9 de fevereiro de 2017 4:49 pm Institucional

Crédito: Divulgação | Projeto foi apresentado na Campus Party em janeiro

Alunos da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Mogi Mirim apostaram no conhecimento tecnológico para ajudar a melhorar a vida de pessoas com deficiência. Ademir Guilherme Ganziera e Guilherme Borges Ferreira, estudantes do curso de Mecatrônica Industrial, e Rodrigo Curiel, egresso do curso de Projetos Mecânicos, estão desenvolvendo uma prótese de perna com joelho articulado para pacientes com amputação ou má formação nos membros inferiores.

Ademir embarcou primeiro no projeto. Na Fatec, ele conheceu o professor Helder Hermini, que vinha trabalhando na área da ciência aplicada à reabilitação humana há muitos anos. Hermini encontrou no estudante o que precisava para avançar: interesse em aprender e conhecimento específico, adquirido e aprimorado durante a graduação.

A prótese, enfim, obteve grande progresso e agora está em fase final de produção. A proposta é oferecer o produto que hoje custa cerca de R$ 100 mil, segundo informações do grupo, por um por um preço mais acessível. “Queremos implantar esse serviço no Sistema Único de Saúde (SUS) para que mais pessoas tenham condições de melhorar de vida”, afirma o orientador. O custo do modelo individualizado fica em torno de R$ 2 mil. A estimativa é que o valor final saia em média por R$ 15 mil.

Modular

Montada com materiais diversos e de baixo custo, como polímeros obtidos por meio de impressora 3D, a prótese tem como grande diferencial o fato de ser modular, ou seja, as peças são independentes umas das outras, levando em conta a necessidade de cada usuário e o nível de amputação.

Outra vantagem é o controle hidráulico do mecanismo. A partir da programação de um algoritmo computadorizado, é possível regular a pressão da prótese à marcha natural da pessoa que estiver usando as peças, evitando depósito inadequado de peso sobre a perna e promovendo passadas mais equilibradas.
Com uma interface mais próxima da que será oferecida aos pacientes, a prótese ainda requer testes.
“Precisamos de investimentos. A ideia é conseguir verba para finalizar os testes e melhorias para colocar o projeto no mercado. Já temos uma pessoa interessada em adquirir a prótese, mas antes precisamos dessa ajuda financeira”, conta Ademir.

Os autores planejam patentear o produto e abrir uma empresa para promover a sua comercialização e distribuição nas redes de saúde pública. A prótese foi apresentada em janeiro na Campus Party, ao lado de outros trabalhos das Fatecs, e ficou em terceiro lugar no Desafio Inova 2016.

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