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Fatec Itapetininga une tecnologia UV à vitamina B2 para melhorar qualidade do leite

Motivados pela ideia de melhorar a qualidade do leite e aumentar a renda de pequenos produtores, tornando-os mais competitivos, dois alunos do curso de Agronegócio da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Itapetininga criaram um […]

15 de outubro de 2015 11:24 am Institucional

Produto de melhor qualidade aumenta renda do pequeno produtor de leite – Foto: Divulgação

Motivados pela ideia de melhorar a qualidade do leite e aumentar a renda de pequenos produtores, tornando-os mais competitivos, dois alunos do curso de Agronegócio da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Itapetininga criaram um sistema com o qual planejam elevar o grau de pureza do produto sem onerar o custo do processo. A solução foi unir o uso de luz ultravioleta, de alto poder germicida, ao da vitamina B2 em um equipamento adaptado a resfriadores já utilizados pelos produtores.

“Quanto mais limpo o leite, melhor o preço”, diz Luiz Gustavo Eltink, um dos responsáveis pelo projeto, ao lado de Jardel Rodrigues Pereira. O trabalho é um dos 206 selecionados para participar da 9ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps), que ocorre entre 21 e 23 de outubro no Expo Barra Funda, na Capital.

O uso da radiação ultravioleta (R-UV) como germicida na indústria de alimentos já é conhecido, mas, segundo a professora orientadora do projeto, Soraya Sacco, o diferencial do trabalho dos alunos é a adição da vitamina B2 (Riboflavina), que aumenta o poder de destruição de agentes patogênicos. “Um sistema baseado apenas em UV é muito caro para o pequeno produtor. Muitos equipamentos são importados”, diz. Já a adaptação dessa tecnologia feita pelos alunos não chegaria a R$ 1 mil: em média R$ 600 para a bomba e R$ 120 para a lâmpada.

Com as novas regras para o cumprimento da Instrução Normativa (IN) 62 do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento (Mapa), que devem ser implantadas gradualmente até 2016, a atenção com a padronização da qualidade do leite é cada vez maior. Deverão ser reduzidos os limites máximos tanto da Contagem Bacteriana Total (CBT) quanto da Contagem de Células Somáticas (CCS), entre outras exigências. A preocupação é, sobretudo, dos pecuaristas de pequeno porte, com pouco acesso a recursos financeiros para a adaptação necessária. 

Bomba de aquário

A ideia do projeto foi inspirada nas bombas utilizadas em aquários. O leite circula dentro do sistema enquanto a vitamina B2 é adicionada para melhorar a eficácia de destruição de microrganismos.

Em um recipiente cilíndrico, é instalada uma lâmpada UV com potência (watts) dimensionada ao tamanho do resfriador, devidamente protegida para evitar o contato direto com o leite. O ideal será a implantação direta da tecnologia no tanque de resfriamento de leite antes da entrada no caminhão-tanque para transporte, de forma que o produto possa percorrer grandes distâncias chegando ao laticínio com alta qualidade.

Aluno faz a adaptação do dispositivo UV ao sistema de resfriamento do leite – Foto: Divulgação

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