Mandioca vira matéria-prima de ‘vinho’ produzido na Fatec Araçatuba

Três alunos da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Araçatuba criaram uma bebida fermentada à base de mandioca. O produto foi desenvolvido nos laboratórios da faculdade por Jean Castravechi, Bruce Amorin e Luiz Cláudio Santos, […]

1 de novembro de 2016 7:30 pm Institucional

Crédito: Divulgação | Nova bebida foi composta nos laboratórios da Fatec, a partir de ingredientes como fécula de mandioca, água, enzimas para quebra do amido e levedura de cerveja

Três alunos da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Araçatuba criaram uma bebida fermentada à base de mandioca. O produto foi desenvolvido nos laboratórios da faculdade por Jean Castravechi, Bruce Amorin e Luiz Cláudio Santos, alunos do curso superior tecnológico de Biocombustíveis.

O projeto foi supervisionado pelo professor Hildo Costa de Sena, que é engenheiro químico e já havia descoberto o potencial da mandioca para a fabricação de uma bebida fermentada durante a orientação de um trabalho de graduação no ano passado. Na ocasião, a raiz foi usada como matéria-prima para a produção de uma bebida destilada, conhecida como tiquira.

Sena descobriu que era possível modificar o processo para produção de aguardente, clarificando o líquido para torná-lo límpido. “Essa tecnologia ficou guardada comigo, até que eu encontrasse esses alunos para tirar a ideia do papel. O grande impulso foi participar do Desafio Inova”, conta.

Maçã e abacaxi

O resultado é uma bebida com sabor semelhante ao do vinho branco composto por uvas chardonnay, frutada e cítrica, que lembra maçã e abacaxi com um teor alcoólico de fácil aceitação (8%). A análise sensorial foi feita por um sommelier.

“O processo é demorado e exige vários cuidados. Nos baseamos em um protótipo de tiquira e agora conseguimos um resultado melhor, mas ainda temos de aprimorar”, diz Jean. Ele explica os ingredientes básicos: fécula de mandioca, água, enzimas para a quebra do amido e levedura para a produção de vinhos e cerveja.

Agora, o grupo vai continuar testando melhorias para a bebida fermentada chegar a um grau alcoólico mais alto, de 12% a 14%, para que atinja as exigências da legislação e tenha maior durabilidade. A equipe também pretende estudar como patentear a bebida, antes de pensar em sua comercialização.

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