À primeira vista, parece mais um entre tantos jogos multiplayers disponíveis para computador. Observando a interação dos jogadores, porém, percebe-se que, em vez de teclado ou joystick, os comandos são acionados por um sensor que […]
Danilo Bezerra (centro) segura o troféu durante entrega do prêmio da etapa nacional da Imagine Cup – Foto: Signum Game Studio
À primeira vista, parece mais um entre tantos jogos multiplayers disponíveis para computador. Observando a interação dos jogadores, porém, percebe-se que, em vez de teclado ou joystick, os comandos são acionados por um sensor que captura e interpreta movimentos das mãos. Trata-se do Trankies’ World, um projeto do aluno Danilo Bezerra, 24, do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Baixada Santista – Rubens Lara, de Santos, feito em parceria com dois estudantes de outras instituições.
O grupo batizado de HTW (iniciais de hug the world, “abrace o mundo” em inglês) conquistou o primeiro lugar na categoria Games da etapa nacional da Microsoft Imagine Cup 2015, mais conhecida como a Copa do Mundo de Tecnologia promovida anualmente pela empresa. O resultado foi divulgado no último dia 8 de abril, em Curitiba.
A iniciativa tem como objetivo promover projetos inovadores de estudantes. Somente na edição de 2015, mais de 3 mil trabalhos brasileiros foram inscritos. Desde 2007, o número de alunos do País que participaram da competição ultrapassou 200 mil.
Com a conquista da etapa nacional, os projetos vencedores das três categorias disputadas (Games, Cidadania e Inovação) irão agora concorrer entre si a uma vaga para representar o Brasil na final mundial, que será realizada em julho, em Seattle, onde fica a sede da Microsoft nos Estados Unidos. Participam da final os melhores projetos do mundo inteiro, que irão disputar um prêmio de 50 mil dólares.
Joystick virtual
De acordo com Danilo Bezerra, o Trankies’ World funciona por meio do Kinect, dispositivo que faz a leitura de movimentos via scanner. “A diferença em relação a outros games que utilizam o sensor é que os jogadores não precisam movimentar todo o corpo para reprodução na tela. Basta mexer os dedos e as mãos, como se fosse um joystick virtual”, explica.
Danilo conta que o jogo começou a ser desenvolvido há cerca de um ano pelo colega Alexandre Szykman, ex-aluno da Etec Jorge Street, em São Caetano do Sul, que atualmente cursa Ciências e Tecnologia na Universidade Federal do ABC (UFABC). Em janeiro de 2015, eles se conheceram no Global Game Jam (GGJ), na Fatec de São Caetano do Sul. Após o evento, os jovens resolveram se unir para aprimorar o projeto, em parceria também com Eric Garcia, estudante do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).
“A partir daí, começamos a nos dedicar cada vez mais para adaptar as tecnologias e tornar o jogo viável. O próximo passo será implementar novos recursos para os personagens, disponibilizar o jogo para Windows e futuramente criar uma versão para o Xbox One”, diz.
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