Participação em feira rende estágio na USP para aluna da Etec Raposo Tavares

Os benefícios em participar de feiras e eventos similares, onde os alunos têm a chance de expor seus trabalhos a professores e profissionais de suas áreas de interesse, não se restringem à experiência ou até […]

25 de maio de 2016 10:19 am Institucional

Crédito: Gastão Guedes | Projeto de extração de metais pesados com cascas de banana também foi apresentado na edição de 2015 da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza

Os benefícios em participar de feiras e eventos similares, onde os alunos têm a chance de expor seus trabalhos a professores e profissionais de suas áreas de interesse, não se restringem à experiência ou até mesmo aos prêmios. Significam, muitas vezes, o primeiro passo para a tão sonhada carreira.

Representante da Escola Técnica Estadual (Etec) Raposo Tavares (Capital) na 14ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada em março, Isabela Santos saiu da exposição premiada. Lá recebeu um convite para estagiar no prestigiado Instituto de Química (IQ) da Universidade de São Paulo (USP), considerado um dos melhores da América Latina em sua área.

O projeto Extração de metais pesados com cascas do fruto da banana: uso voltado aos laboratórios didáticos, desenvolvido na Etec com a participação das alunas Cecília Emiko Aota e Malvina da Silva, ficou em quarto lugar na categoria Ciências Exatas e da Terra.

Isabella, de 19 anos, concluiu o curso Técnico em Química no ano passado e hoje divide o seu tempo entre a preparação para o vestibular em Ciências Biomédicas e o estágio, onde está começando um novo projeto. A exemplo do trabalho que a levou até o IQ/USP, a matéria-prima para essa pesquisa é também uma matéria orgânica: sai a casca banana, entra a de coco e outras possibilidades serão estudadas.

O futuro também já está traçado: “Quero continuar na área de pesquisa, mas como perita criminal”, diz, carreira para a qual terá que prestar concurso para a Polícia Federal.

Processos

A ideia de usar a casca de banana no processo de descarte de resíduos químicos nasceu da preocupação de preservar o meio ambiente e facilitar o transporte desses materiais nos laboratórios didáticos. Ao contrário da indústria, a maioria das instituições de ensino não tem recursos financeiros para bancar processos seguros de eliminação desses elementos.

O filtro feito com as sobras da fruta seria uma opção para esse público, uma vez que oferece a possibilidade de um tratamento por adsorção (retenção) de metais pesados, como bário e chumbo, a um custo bem mais acessível. O protótipo, no entanto, ainda carece de mais pesquisas e testes.

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