Alunos geram energia a partir do movimento da água entre a caixa d’água e o chuveiro

Dois estudantes do curso superior tecnológico em Gestão Empresarial da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) São Carlos criaram um sistema que aproveita a força da água que chega ao chuveiro e às torneiras de […]

18 de julho de 2016 5:11 pm Institucional

Crédito: Gastão Guedes | Aluno Angelo Nannini durante a apresentação do projeto Energia Líquida na final do 3º Desafio Inova Paula Souza de Ideias e Negócios

Dois estudantes do curso superior tecnológico em Gestão Empresarial da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) São Carlos criaram um sistema que aproveita a força da água que chega ao chuveiro e às torneiras de uma casa para gerar energia elétrica, utilizando princípio semelhante ao das usinas hidrelétricas. De acordo com a pesquisa de Angelo Nannini Neto e Feliscio Santos, a água que passa pelo encanamento tem pressão e força para girar uma turbina e fazer um microgerador funcionar.

“Hoje, a energia que chega à torneira é desperdiçada, pois é utilizada apenas para transportar a água.
Mas pode ser aproveitada para gerar energia elétrica, abastecendo parte de uma residência”, afirma Angelo, que retomou conhecimentos adquiridos enquanto cursava Engenharia na Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos para o projeto, chamado de Energia Líquida.

Segundo Angelo, o consumo de água durante o banho chega a 1.200 litros em uma casa com quatro pessoas. A pressão dessa água é capaz de gerar 384 watts por dia, energia suficiente para carregar celulares e abastecer lâmpadas de LED, por exemplo.

Busca de patrocínio

“O sistema permite gerar energia e economizar o valor pago nas contas de luz, explica o aluno. Ele ressalta o viés ambiental do mecanismo, que utiliza energia renovável: “É também uma forma de ajudar o planeta em que vivemos”.

O projeto Energia Líquida passa agora por estudos de viabilidade econômica e busca de patrocínio para construção e experimentação de protótipos em residências. De acordo com as primeiras análises, o material para o mecanismo custaria cerca de R$ 150. Está prevista ainda a integração do sistema com celulares para monitoramento da geração e do consumo de energia. “Temos o sonho de implantar o sistema em São Carlos, especialmente em conjuntos de casas populares”, conta Angelo.

Orientado pelo professor Alfredo Colenci Neto, o projeto foi um dos finalistas do 3º Desafio Inova Paula Souza de Ideias e Negócios, realizado em junho na Capital. Para o docente, o estudo, além de viável, é um exemplo para os demais estudantes da Fatec São Carlos. “O sistema criado tem aplicabilidade no mercado. Mostrar isso foi importante para estimular outros alunos a ter ideias, investir em pesquisa e no desenvolvimento de negócios”, afirma Colenci Neto.

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