Alunos da Fatec de Jaú vão identificar e catalogar espécies de árvores do município

Em parceria com a prefeitura, primeira etapa do censo arbóreo abrange centro expandido de Jaú com 138 quarteirões e 20 praças. A previsão é contemplar toda a cidade em dois anos. Procedimento faz parte do Código Municipal de Arborização

22 de agosto de 2017 10:16 am Fatec

Primeira etapa do censo arbóreo será feita no centro expandido de Jaú | Foto: Divulgação

Seis estudantes do curso superior tecnológico de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) de Jaú vão recensear as árvores do município por meio de um programa de estágio remunerado em parceria com a prefeitura. A primeira etapa do censo arbóreo será feita no centro expandido da cidade, cuja área compreende 138 quarteirões e 20 praças.

O procedimento está previsto em lei desde 2003, quando foi estabelecido o Código Municipal de Arborização. “O mapeamento e a catalogação das árvores é fundamental”, explica o professor do curso Jozrael Rezende. “Por meio da sistematização das informações é possível que empresas e poder público se orientem para escolher as espécies mais adequadas para cada localização. Além disso, o diagnóstico da situação de cada item ajuda na prevenção de acidentes, como queda e prejuízos à rede elétrica”.

A previsão de duração total do censo é de dois anos, sendo que esta primeira etapa deve ser concluída até o final de 2017.

Bom para a cidade e para os estudantes

Além do benefício ao planejamento urbano local, o trabalho é uma oportunidade de aprendizado e produção de conhecimento. “A melhor maneira de absorver o conteúdo do curso é colocá-lo em prática. É uma atividade que deve gerar uma série de artigos científicos e pesquisas aplicadas”, ressalta Rezende, que capacitou os alunos no início de agosto junto com outro professor do curso, José Veniziani. O trabalho será orientado pelos dois educadores e por profissionais da prefeitura.

As informações serão armazenadas e gerenciadas por meio de um software gratuito de sistema de informação geográfica. “Ao longo do curso os alunos aprendem a utilizar esse tipo de ferramenta. Da mesma forma que colocamos seus conhecimentos a serviço da sociedade, os estudantes também se beneficiam de uma experiência que pode contribuir tanto com a vida acadêmica quanto com o futuro profissional”, avalia Rezende.

O estágio remunerado tem duração de um ano. A partir do segundo semestre de 2018, outras seis vagas serão abertas para dar continuidade ao censo.

Reflorestamento natural

Em Campinas, 35 alunos do curso técnico de Meio Ambiente da Escola Técnica Estadual (Etec) Conselheiro Antonio Prado, conhecida na cidade como Etecap, realizam trabalho semelhante. Durante o primeiro semestre de 2017, fotografaram cerca de 30 espécies de pássaros em uma área verde de 150 mil metros quadrados ao lado da unidade, a Fazenda Santa Elisa.

O objetivo era identificar aquelas que podem auxiliar no reflorestamento por meio da disseminação de sementes. Neste segundo semestre, começou o trabalho de catalogação das informações colhidas pelos estudantes. A ideia é elaborar uma versão impressa para o acervo da Etec e outra online para consulta pública.

Mas o trabalho não parou por aí. “Inspirados na ação natural dos pássaros, começamos a plantar mudas de árvores frutíferas para tentar restabelecer parte da vegetação original da área”, diz a professora do curso, Márcia Moreno, que coordena o projeto.

Alunos da Fatec de Jaú vão identificar e catalogar árvores do município

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