Era uma vez três jovens do curso técnico de Química integrado ao Ensino Médio que desenvolveram um jogo literário para apresentar na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). Como prêmio ganharam uma bolsa do Programa […]
Crédito: Gastão Guedes | Estudantes exibem o jogo Déjà vu literário durante a Febrace 2016
Era uma vez três jovens do curso técnico de Química integrado ao Ensino Médio que desenvolveram um jogo literário para apresentar na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). Como prêmio ganharam uma bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio (PIBIC-EM). Em meio aos tubos de ensaio na Escola Técnica Estadual (Etec) de Suzano, Amanda Rodrigues Valério, Geovanna dos Santos Romeiro e Sabrina Araújo de Barcelos se apaixonaram pelos livros e criaram o jogo Déjà vu literário.
A brincadeira de perguntas e respostas sobre as obras literárias mais cobradas pelos vestibulares do Estado São Paulo chamou a atenção durante a 14ª edição da Febrace e levou as alunas do terceiro ano a conseguir a bolsa. Depois de passear pela literatura nacional, as meninas agora querem um novo desafio: divulgar a música brasileira para os colegas da Etec. O foco do projeto, iniciado em maio, é a Bossa Nova, gênero musical que surgiu no final dos anos 1950.
“Vimos que hoje os jovens não comentam mais sobre a Bossa Nova. Por isso, resolvemos nos dedicar a esse gênero. Descobrimos que há uma relação fantástica entre música e literatura”, afirma Geovanna.
De acordo com o orientador do projeto Felipe Roberto Martins, a pesquisa envolve a seleção e a intepretação das músicas, além da realização de oficinas, exposições e apresentações musicais. A cada três meses, as estudantes devem enviar um relatório ao programa. Ao final do ano, será entregue um trabalho completo com os resultados obtidos. “As metas são aumentar o nível de leitura dos alunos e ajudá-los a relacionar as obras literárias e musicais aos momentos históricos”, explica Martins.
Novas possibilidades
Para as alunas que desenvolvem o projeto, conhecer os principais nomes da Bossa Nova, como João Gilberto, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, ampliou seu conhecimento sobre a cultura brasileira. “Estudar as músicas é algo maravilhoso. Estou vendo novas ‘cores’, novas possibilidades e novos pontos de vista. Aprendi a dar valor à nossa cultura. É uma experiência que vou levar para o resta da minha vida”, diz Amanda.
O projeto também conta com o apoio da professora Rosana Novais, da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Zona Leste, da Capital. As estudantes e os professores serão certificados, no final de 2016, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).